domingo, 23 de janeiro de 2011

Música: Poesia Cantada

Um Dia De Domingo


Eu preciso te falar
Te encontrar
De qualquer jeito
Pra sentar e conversar
Depois andar
De encontro ao vento
Eu preciso respirar
O mesmo ar que te rodeia
E na pele quero ter
O mesmo sol
Que te bronzeia
Eu preciso te tocar
E outra vez
Te ver sorrindo
E voltar num sonho lindo
Já não dá mais pra viver
Um sentimento sem sentido
Eu preciso descobrir
A emoção de estar contigo
Ver o sol amanhecer
E ver a vida acontecer
Como um dia de domingo
Faz de conta que
Ainda é cedo
Tudo vai ficar
Por conta da emoção
Faz de conta que
Ainda é cedo
E deixar falar a voz
do coração


segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Novas Dicas de Língua Portuguesa

Às vezes encontramos dificuldades ao falar, pois não sabemos ao certo qual a palavra empregar.
Pensando nisso, postarei algumas dicas extraída do livro "Os 300 erros mais comuns da Língua Portuguesa " de Eduardo Martins.
CONCORDÂNCIA

*
"Fazem" dez dias.
Fazer, quando exprime tempo, é impessoal (não varia):
Faz dez dias.
Fez dois meses.
Fazia cinco séculos.
No caso de fazer formar locução com um verbo auxiliar, este permanece invariável:
Deve fazer dez meses.
Pode fazer seis anos.

*"Houveram"
muitos problemas.
Haver, no sentido de existir, também é invariável:
Houve muitos problemas no governo.
Havia acidentes sempre naquela estrada.
No caso de haver formar locução com um verbo auxiliar, este não varia:
Pode haver novos casos de dengue.
Devia haver outras maneiras de resolver o problema.

*"Vende-se" terrenos.
Em casos como este, o verbo concorda com o sujeito:
Vendem-se terrenos.
Alugam-se casas.
Fazem-se consertos.
Se houver preposição depois do verbo, ele fica invariável:
Trata-se de amigos mais leais.
Precisa-se de balconistas.
Recorre-se a todos.

*"Deixou-me" triste essas notícias.
Faça a concordância adequada:
Deixaram-me triste essas notícias.
Foram iniciadas ontem as obras.
Foram abertas as inscrições para o concurso.

*
A dedicação dos filhos "servem" de exemplo.
Palavra próxima ao verbo não deve influir na concordância.
A dedicação dos filhos serve de exemplo. (O núcleo do sujeito é a dedicação, e não "os filhos".)
A lista dos amigos ausentes provocou espanto.
(O núcleo do sujeito é "lista".)

*
Ele é um dos que "pensa" assim.
Um dos que
faz concordância no plural.
Ele é um dos que pensam assim.
O amigo foi uma das pessoas que mais o apoiaram.






FELIZ 2011!

sábado, 22 de maio de 2010

Versos Literários

Nos poucos momentos de tempo livre que tenho, aproveito para me deleitar com a Literatura. O livro que atualmente tenho em mãos é: "As Pupilas do Senhor Reitor", um romance português do escritor Joaquim Guilherme Gomes Coelho, cujo pseudônimo era Júlio Dinis.
O autor era médico e, quando começou a escrever, passou a utilizar esse pseudônimo porque os romancista daquela época (século XIX) eram mau vistos. Mas o sucesso de seus livros foi tão grande, que ele abandonou a medicina para se dedicar às letras.Seus romances são ingênuos, bucólicos e otimistas.
O poema é realmente encantador. Então, fica aí a sugestão de uma boa leitura!
Fiquem com um trecho do livro em que, a personagem Daniel das Dornas canta o seu encantamento a uma morena:


Morena, morena,
Dos olhos castanhos,
Quem te deu, morena,
Encantos tamanhos?

Encantos tamanhos
Não vi nunca assim,
Morena, morena,
Tem pena de mim.


Morena, morena,
Dos olhos rasgados,
Teus olhos, morenas,
São os meus pecados.

São os meus pecados
Uns olhos assim,
Morena, morena,

Tem pena de mim.

Morena, morena,
De olhos galantes,
Teus olhos, morena,
São dois diamantes.


São dois diamantes
Olhando-me assim.
Morena, morena,
Tem pena de mim.

Morena, morena,

Dos olhos morenos,
O olhar desses olhos
Concede-me ao menos.

Concede-me ao menos,
Não sejas assim.
Morena, morena,
Tem pena de mim.




domingo, 9 de maio de 2010

Obrigada Deus!


SER MÃE

Antes de ser mãe eu fazia
e comia os alimentos ainda quentes

Eu não tinha roupas manchadas.
Eu tinha calmas conversas ao telefone.

Antes de ser mãe eu dormia
o quanto eu queria
e nunca me preocupava
com a hora de ir para a cama.
Eu não me esquecia de
escovar os cabelos e os dentes.

Antes de ser mãe eu limpava
minha casa todo dia.
Eu não tropeçava em brinquedos
nem pensava em canções de ninar.

Antes de ser mãe eu não me preocupava
se minhas plantas eram venenosas ou não.
Imunizações e vacinas eram
coisas em que eu não pensava.

Antes de ser mãe ninguém vomitou nem fez xixi em mim,
nem me beliscou sem nenhum cuidado,
com dedinhos de unhas finas.

Antes de ser mãe eu tinha
controle sobre a minha mente,
meus pensamentos, meu corpo e meus sentimentos.
... eu dormia a noite toda ...

Antes de ser mãe eu nunca tive
que segurar uma criança chorando
para que médicos pudessem
fazer testes ou aplicar injeções.
Eu nunca chorei olhando
pequeninos olhos que choravam.
Eu nunca fiquei gloriosamente feliz
com uma simples risadinha.
Eu nunca fiquei sentada horas
e horas olhando um bebê dormindo.
Antes de ser mãe eu nunca
segurei uma criança só por
não querer afastar meu corpo do dela.
Eu nunca senti meu coração se despedaçar
quando não pude estancar uma dor.
Eu nunca imaginei que uma
coisinha tão pequenina pudesse
mudar tanto a minha vida.
Eu nunca imaginei que pudesse
amar alguém tanto assim.
Eu não sabia que eu adoraria ser mãe.

Antes de ser mãe eu não conhecia a sensação
de ter meu coração fora do meu próprio corpo.
Eu não conhecia a felicidade de
alimentar um bebê faminto.
Eu não conhecia esse laço que
existe entre a mãe e a sua criança.
Eu não imaginava que algo tão pequenino pudesse
fazer-me sentir tão importante.

Antes de ser mãe eu nunca me
levantei à noite a cada 10 minutos
para me certificar de que tudo estava bem.

Nunca pude imaginar o calor,
a alegria, o amor, a dor
e a satisfação de ser uma mãe.

Eu não sabia que era capaz
de ter sentimentos tão fortes.

Por tudo e, apesar de tudo, obrigada, Deus ,
por eu ser agora um alguém tão
frágil e tão forte ao mesmo tempo.

Obrigada Deus por me permitir ser Mãe!





Parabéns a todas as Mamães e Papais-mãe (como meu Marido)!



sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Olá Pessoal,
Logo, logo estarei de volta!!!!!!!!
Aguardem as novidades!

sexta-feira, 31 de julho de 2009

Além das paredes, dos móveis

Além das paredes, dos móveis,
principalmente o espelho,
principalmente o relógio.



Além das portas com seus caminhos,
Além da janela com seu pensar,

Estão as palavras.



As palavras pousadas aqui e ali,
sem poeira.
Límpidas, nítidas, como objetos de ouro.


Sobre elas amanhece e anoitece.
São invulneráveis.
Fiéis a si mesmas.



As palavras não morrem.
Tão leves e cheias de eternidade.


E assim estão em redor de nós,
com sua substância,
e há dentro delas eternos olhos
que nos fitam.




Cecília Meireles